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Figura pública · 431.888
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"Segue abaixo, resposta
às declarações da Presidente Dilma, feitas esta manhã, lançando indevidamente
sobre mim responsabilidades pelo escândalo da Petrobras.
Até agora, salvo lamentar o
caráter de tsunami que a corrupção tomou no caso do "Petrolão", não
adiantei opiniões sobre culpados ou responsáveis, à espera do resultado das
investigações e do pronunciamento da Justiça. Uma vez que a própria Presidente
entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a tática infaman...te da
velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vitima, rouba e sai gritando
“pega ladrão”!”, sou forçado a reagir.
1. O delator a quem a
Presidente se referiu foi explícito em suas declarações à Justiça. Disse que a
propina recebida antes de 2004 foi obtida em acordo direto entre ele e seu
corruptor; somente a partir do governo Lula a corrupção, diz ele, se tornou
sistemática. Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta
imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?
2. do mesmo modo, a delação
do empreiteiro da Setal Engenharia reafirma que o cartel só se efetivou a
partir do governo Lula.
3. no caso do
"Petrolão" não se trata de desvios de conduta individuais de
funcionários da Petrobras, nem são eles, empregados, em sua maioria, os
responsáveis. Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da
Presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da
empresa e Ministra de Minas e Energia) e do ex- presidente Lula. Foram eles ou
seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora
acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do
partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários.
4. diante disso, a
Excelentíssima Presidente da Republica deveria ter mais cuidado. Em vez de
tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a
ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência. Poderia começar
reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de
Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam
sobre o seu governo e de seu antecessor.”